O ex-delegado-geral da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, compareceu ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para prestar depoimento. Barbosa é o terceiro dos cinco réus no caso a dar sua versão e, seguindo o padrão dos anteriores, afirmou não ter participação nos crimes.
Durante o depoimento, Barbosa elogiou Marielle Franco, a chamando de “pessoa sensacional”, e mencionou ter conhecido a vereadora por intermédio do deputado federal Marcelo Freixo. Ele negou conhecer os irmãos Brazão e também rejeitou qualquer contato com Ronnie Lessa, que o acusou de ser o mentor do crime em uma delação premiada à Polícia Federal.
A investigação sugere que a Polícia Civil, sob o comando de Barbosa, teria atrapalhado as apurações dos assassinatos, dificultando as investigações desde o início. A Polícia Federal alega que houve negligência em diversos momentos e que os irmãos Brazão poderiam estar entre os mandantes do crime, motivado pela disputa em torno da exploração imobiliária em áreas controladas por milícias.
Barbosa assumiu a liderança da Polícia Civil um dia antes do assassinato e foi acusado de planejar minuciosamente o crime. No entanto, os três réus até agora têm negado qualquer envolvimento nos assassinatos.