Na quarta-feira, 30 de novembro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, abordou a preocupação do mercado financeiro em relação ao anúncio formal das medidas de corte de gastos do governo. Ele destacou que há muita especulação e desinformação circulando, desmentindo notícias exageradas, como boatos sobre sua rotina de sono, que não correspondem à realidade.
O governo havia indicado que as discussões sobre o pacote de cortes ocorreriam após as eleições municipais, gerando grande expectativa. Haddad se reuniu com o presidente Lula nos últimos dias, mas os detalhes sobre o plano não foram divulgados.
O ministro não definiu um prazo para a apresentação das medidas, enfatizando que a qualidade do trabalho da equipe técnica é fundamental. Ele assegurou que a meta da Lei de Diretrizes Orçamentárias será cumprida, as projeções de arrecadação estão positivas e o próximo Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, previsto para o fim de novembro, sinalizará um encaminhamento favorável para o fechamento do ano.
Questionado sobre a ansiedade do mercado, Haddad expressou esperança de que uma proposta sólida e coerente traga estabilidade econômica, semelhante ao cenário positivo do ano anterior. Ele reconheceu que as incertezas internacionais, como as eleições nos EUA, a desaceleração na China e a volatilidade das commodities, também exercem influência.
Haddad concluiu destacando a importância de encontrar uma fórmula sustentável para as despesas dentro do contexto aprovado pelo Congresso. Ele acredita que a proposta discutida atenderá a esses critérios e restabelecerá a confiança do mercado, mesmo diante dos desafios globais.