O dólar encerrou em alta de 0,30% nesta quinta-feira (31) em São Paulo, alcançando o valor de R$ 5,781, o mais alto desde março de 2021. A valorização da moeda dos EUA foi impulsionada pelos novos dados de inflação do país e pela preocupação dos investidores em relação às finanças públicas brasileiras.
A Bolsa de Valores caiu 0,70%, fechando em 129.713 pontos, com destaque para a forte queda das ações do Bradesco após a divulgação do balanço corporativo do terceiro trimestre.
Nos Estados Unidos, o índice de preços de consumo pessoal (PCE) subiu 0,2% em setembro, em linha com as expectativas dos economistas. A taxa anual de inflação desacelerou para 2,1%, o menor aumento desde fevereiro de 2021.
Os investidores esperam a próxima reunião do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, nos dias 5 e 6 de novembro, com perspectivas de uma desaceleração no ritmo de cortes na taxa de juros. Enquanto isso, no Brasil, o Banco Central elevou a taxa Selic para 10,75% ao ano na última reunião, como parte dos esforços para conter a inflação.
As preocupações com a estabilidade das finanças públicas brasileiras persistem, com o mercado aguardando a aprovação de medidas de redução de gastos. A incerteza fiscal tem impacto no câmbio e nas taxas de juros no país.
Além disso, a proximidade das eleições presidenciais nos EUA também influencia a movimentação do dólar, com a possível vitória de Donald Trump sendo vista como potencialmente inflacionária e favorável à manutenção de juros elevados, o que fortalece a moeda americana.
