Justiça anula mandado de prisão temporária de torcedor do Palmeiras suspeito de envolvimento em emboscada a torcedores do Cruzeiro
A Justiça anulou o mandado de prisão temporária contra Henrique Moreira Lelis, conhecido como “Ditão Mancha”, um dos torcedores do Palmeiras sob investigação pela emboscada a torcedores do Cruzeiro em Mairiporã, na Grande São Paulo. A decisão foi confirmada por fontes do G1 e da TV Globo nesta terça-feira (6).
O Ministério Público (MP) e a Polícia Civil apoiaram o pedido de revogação feito pela defesa de Henrique, alegando que ele estava no Rio de Janeiro no momento do incidente. Com base nisso, a Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) solicitaram à Justiça o cancelamento do mandado de prisão.
A anulação da ordem de prisão temporária contra Henrique foi concedida, mas outros sete torcedores palmeirenses ainda têm mandados ativos. Eles são suspeitos de envolvimento no ataque atribuído à torcida organizada Mancha Alviverde, que resultou na morte de um torcedor cruzeirense e ferimentos em 17 membros da Máfia Azul em 27 de outubro.
Inicialmente, Henrique foi identificado como participante da emboscada por meio de fotos, mas evidências subsequentes não corroboraram essa identificação. Quando se comprova que um suspeito não estava envolvido, a prisão temporária é anulada.
Entre os suspeitos restantes, Alekssander Ricardo Tancredi já foi detido, enquanto os demais continuam foragidos e são alvos de buscas pela polícia. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na sede da Mancha Alviverde em São Paulo e nas residências dos investigados.
A investigação sugere que o ataque foi uma retaliação por uma agressão sofrida pelos palmeirenses em 2022, em Minas Gerais. Os palmeirenses identificados serão responsabilizados pelo homicídio do cruzeirense José Victor Miranda, pelas lesões infligidas aos membros da Máfia Azul e também por danos materiais, tumulto e associação criminosa.