No dia 8 de dezembro, um trágico incidente ocorreu no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, resultando na morte do empresário Vinícius Gritzbach, de 38 anos, que foi atingido por tiros de fuzil. Gritzbach havia feito uma delação premiada com o Ministério Público de São Paulo, revelando esquemas de corrupção envolvendo policiais civis e operações de lavagem de dinheiro relacionadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
O empresário colaborava com informações confidenciais às autoridades, denunciando nomes de delegados e policiais suspeitos de práticas ilegais. A autoria do assassinato ainda está sob investigação pela Polícia Civil, Ministério Público e Polícia Federal.
O acordo de delação, firmado em março e homologado em abril com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), envolvia o pagamento de uma multa considerável por Gritzbach em troca de perdão judicial por seu envolvimento com uma organização criminosa. Ele também forneceu informações sobre transações financeiras envolvendo membros influentes do PCC.
Fragmentos da delação foram compartilhados com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, desencadeando uma investigação pela Corregedoria da Polícia Civil. A vítima foi interrogada dias antes do ataque mortal, que também vitimou o motorista Celso Araújo Sampaio de Novais.
Quatro policiais militares estavam encarregados da segurança do empresário no momento do atentado e foram afastados de seus cargos para investigação de um possível envolvimento no crime. Testemunhas relataram que os policiais fizeram uma parada em um posto pouco antes dos disparos, e foram observados problemas mecânicos em uma das viaturas.