Policial relata detalhes sobre ataque que resultou na morte de empresário delator do PCC no Aeroporto de São Paulo
O policial militar Samuel da Luz, encarregado da segurança do empresário e delator do PCC, Vinícius Gritzbach, prestou depoimento à polícia, descrevendo como reagiu ao atentado que vitimou o empresário no Aeroporto Internacional de São Paulo. Segundo seu relato à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Samuel contou que correu cerca de 50 metros para se abrigar em um barranco próximo após ouvir os disparos.
Samuel estava na frente de Gritzbach quando dois homens encapuzados saíram de um carro e atiraram no empresário, que foi morto na área de desembarque do aeroporto. O policial descreveu que, ao perceber o ataque, correu para o lado oposto, subiu uma rampa e se refugiou dentro do terminal.
A atuação dos policiais que faziam a escolta do delator está sendo investigada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, que decidiu afastar os agentes. Antes do atentado, a equipe de segurança já enfrentava problemas, pois o carro da filha de Vinícius havia quebrado, fazendo com que um dos policiais ficasse para trás, enquanto Samuel e outro segurança acompanhavam o empresário.
Testemunhas e câmeras de segurança indicam que os atiradores agiram de forma rápida e precisa, deixando claro que Gritzbach era o alvo principal. O empresário, envolvido em um acordo de delação com investigações contra o PCC, foi atingido por pelo menos 29 tiros, resultando também na morte de um motorista de aplicativo atingido por uma bala perdida.
Além disso, foi revelado que Vinícius estava transportando joias avaliadas em cerca de R$ 1 milhão em uma mala, algo que o policial afirma desconhecer. O empresário havia solicitado proteção ao Ministério Público de São Paulo após sofrer ameaças e tentativas de atentado anteriores, porém, o pedido foi negado.
Os policiais militares responsáveis pela segurança de Gritzbach estão sendo investigados para esclarecer os acontecimentos durante o atentado. Imagens de câmeras de segurança mostram que os atiradores estavam equipados com coletes à prova de balas e armados com fuzis, fugindo em um carro preto que foi encontrado parcialmente queimado pela polícia pouco tempo depois.