Na última sexta-feira, as filhas de Malcolm X ingressaram com uma ação no tribunal federal de Manhattan, alegando que as agências e forças policiais estavam cientes e envolvidas em uma conspiração para assassinar seu pai e não tomaram medidas para evitar o crime. O advogado Ben Crump explicou o processo em uma coletiva de imprensa, expressando a esperança de que as autoridades reconheçam os erros do passado e busquem corrigi-los. Malcolm X foi assassinado em 21 de fevereiro de 1965, no Audubon Ballroom, em Manhattan, aos 39 anos, enquanto discursava para uma plateia. Três homens foram condenados pelo crime, mas dois deles foram exonerados em 2021 após uma nova investigação revelar provas duvidosas e informações ocultadas.
A família alega que a promotoria suprimiu informações sobre o envolvimento do governo no assassinato e que houve uma relação corrupta entre autoridades policiais e os assassinos. O processo afirma que a polícia de Nova York, em cooperação com agências federais, deteve os seguranças de Malcolm X dias antes do assassinato e retirou deliberadamente seus agentes do local do crime. Além disso, alega que agentes federais estavam presentes no local, mas não impediram o crime. Os advogados explicaram que as informações foram ocultadas da família, incluindo a identidade de informantes e agentes disfarçados.
A família de Malcolm X sofreu décadas com a falta de respostas e agora busca justiça por meio deste processo. Eles afirmam que o dano causado é imenso e irreparável. A família já havia anunciado sua intenção de processar as agências governamentais e as forças policiais no ano passado.