A morte do corretor de imóveis e delator do PCC Antônio Vinícius Gritzbach no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, desencadeou novas investigações sobre dívidas milionárias, lavagem de dinheiro e o uso de criptomoedas. Gritzbach, envolvido com tráfico e delação premiada, estava em disputa judicial por R$ 4,4 milhões com Pablo Henrique Borges, empresário do setor de bitcoins. Borges, conhecido por apelidos como “Cigarro” e “Negão”, teve sua ligação com o assassinato de um traficante descartada, enquanto Gritzbach foi denunciado.
A relação entre Gritzbach e Borges se tornou tensa quando o corretor começou a cobrar as dívidas judicialmente, incluindo o montante milionário de Borges. Apesar da negativa de envolvimento recente por parte da defesa de Borges, a investigação ainda mantém o empresário sob suspeita devido ao histórico de negócios obscuros entre eles. Gritzbach acusou associados de “Cara Preta” de ameaçá-lo de esquartejamento, incluindo pessoas conhecidas como “João Cigarreiro” e “Nega”, que teriam ligações com Borges.
No dia de sua morte, Gritzbach estava voltando de Maceió, onde buscava joias relacionadas a outra dívida milionária. Câmeras de segurança do aeroporto registraram um suposto olheiro, Kauê do Amaral Coelho, alertando os executores minutos antes do crime. Apesar de Borges ter perdido força como suspeito direto, os investigadores continuam a explorar todas as possibilidades devido à complexidade das relações financeiras e criminais de Gritzbach. A investigação segue em andamento.