A Polícia Federal conclui investigações sobre tentativa de golpe de Estado em 2022 e indica ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas
A Polícia Federal encerrou as investigações relacionadas a uma tentativa de golpe de Estado em 2022 e concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro participou de uma trama para impedir a posse de Lula. Bolsonaro e outras 36 pessoas, incluindo o general da reserva Braga Netto, foram indiciados por diversos crimes, como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. O relatório final das investigações foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, e a Procuradoria-Geral da República deve analisar os indícios para decidir se apresentará denúncia contra o ex-presidente.
A investigação teve avanços significativos em fevereiro deste ano, com a Polícia Federal focando em Bolsonaro, aliados e militares envolvidos em discussões para viabilizar o golpe de Estado. Os planos discutidos incluíam a possibilidade de editar um decreto para anular o resultado das eleições presidenciais, sob a falsa alegação de fraudes nas urnas eletrônicas. Além disso, a PF realizou mandados de prisão contra suspeitos de planejar atentados contra o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
A investigação revelou que Bolsonaro convocou os chefes das Forças Armadas para discutir o golpe, sendo que alguns se opuseram à ideia. O indiciamento de Bolsonaro ocorre em meio a tentativas de aliados de aprovar uma anistia para os envolvidos nos ataques de janeiro de 2023. O filho mais velho de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro, argumentou que não houve crime no suposto plano para assassinar Lula, após a prisão de militares e um policial federal envolvidos na trama.
