Pela primeira vez, Cúpula do Exército não conta com oficiais das Forças Especiais
Pela primeira vez, o Alto Comando do Exército, composto por 16 generais de quatro estrelas, não possui nenhum oficial formado nas Forças Especiais. Essa ausência é atribuída a diversos fatores, incluindo possíveis desgastes causados por oficiais dessa área durante a gestão anterior de Jair Bolsonaro e a escassez de oportunidades de avanço na carreira para os integrantes das Forças Especiais.
Anteriormente, quatro generais das Forças Especiais ocupavam cargos estratégicos no Exército, mas essa configuração mudou. A presença marcante desses militares no governo passado contribuiu para desgastar a imagem interna das Forças Especiais. Os militares que passam pelos cursos de operações especiais do Exército são conhecidos como “kids pretos”, especializados em sabotagem e guerra irregular.
É importante ressaltar a rivalidade histórica entre os “kids pretos” e os paraquedistas do Exército, bem como a relevância desses militares em operações internacionais e a coesão do grupo. Recentemente, alguns membros das Forças Especiais foram associados a supostos planos de golpe de Estado, e a Polícia Federal está investigando a possível participação de alguns deles nesses eventos.
Apesar de representarem pouco mais de 1% do efetivo do Exército, os militares treinados nas Forças Especiais são reconhecidos por sua preparação rigorosa e especializada. A presença crescente desses militares no Alto Comando do Exército nos últimos anos indicava uma tendência, porém a atual composição da cúpula sugere uma mudança nesse cenário.