Israel concorda com cessar-fogo de dois meses com o Hezbollah mediado pelos EUA
O governo de Israel aprovou um cessar-fogo de pelo menos dois meses com o grupo libanês Hezbollah, em meio a intensos ataques ao Líbano. O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu afirmou que estão prontos para devolver os cidadãos deslocados pela guerra ao norte, mas prometeu retomar os ataques caso o Hezbollah viole o cessar-fogo. Netanyahu destacou a necessidade do cessar-fogo para reforçar suas tropas e enfrentar a ameaça do Irã.
Essa é a segunda trégua aceita pelo governo de Netanyahu desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023. A trégua foi estabelecida com a mediação dos EUA, mas Netanyahu não se comprometeu com o prazo de dois meses na TV, afirmando que isso depende do que acontecer no Líbano.
O Hezbollah, aliado do Hamas e apoiado pelo Irã, concordou em parar os ataques durante a trégua para poder se reagrupar. A intensificação da violência nos últimos dias foi estratégica para que ambos os lados se apresentem como fortes para seus públicos. O conflito já causou um alto número de mortes e deslocados internos em ambos os lados.
A trégua também reflete as condições domésticas nos EUA, com o presidente Biden endurecendo sua posição em relação a Tel Aviv após pressões eleitorais. O cessar-fogo foi criticado por alguns aliados de Netanyahu, enquanto a oposição pede garantias de implementação do acordo. O acordo se baseia em termos anteriores que não tiveram sucesso, com a participação da França nas negociações.
A situação continua sendo complexa e incerta, com expectativas de mais negociações nos próximos 60 dias.