Após o anúncio de um acordo de cessar-fogo nos dias 27 e 28 de novembro de 2024, as Forças Armadas Libanesas denunciaram violações por parte de Israel. Houve relatos de incursões aéreas e ataques com diferentes armamentos no território libanês. O exército libanês afirmou que está acompanhando as violações em coordenação com as autoridades competentes, apesar de não estar diretamente envolvido no conflito entre as forças israelenses e o movimento xiita libanês Hezbollah, que já dura mais de um ano.
Desde a entrada em vigor da trégua, incidentes têm colocado em risco a estabilidade do cessar-fogo. No primeiro dia, dois jornalistas internacionais foram baleados por soldados israelenses na cidade de Jiam, no sul do Líbano, onde tropas israelenses permanecem desde a invasão iniciada em outubro. Além disso, Israel informou a detenção de quatro supostos combatentes do Hezbollah que teriam entrado em uma “zona restrita” no sul do Líbano e afirmou que tomará medidas contra qualquer violação das tréguas.
Ataques israelenses resultaram em dois feridos na cidade de Merkaba, conforme relatado pela Agência Nacional de Notícias do Líbano. O acordo de cessar-fogo estabelece três etapas: trégua, retirada do Hezbollah para o norte do rio Litani, retirada completa das tropas israelenses em até 60 dias e negociações sobre a demarcação da fronteira entre Israel e o Líbano.
O conflito entre Israel e o Hezbollah teve início após o ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023. Em solidariedade aos palestinos, o Hezbollah lançou foguetes e drones, desencadeando retaliações aéreas israelenses e a escalada do conflito até uma guerra total em setembro. Segundo o Ministério da Saúde do Líbano, o conflito já resultou em 3.961 mortes e 16.520 feridos, a maioria civis, enquanto em Israel, mais de 70 pessoas faleceram, incluindo civis e soldados envolvidos no sul do Líbano.