O Vaticano divulgou novas orientações para seminários que agora permitem que homens gays se tornem padres, desde que sejam celibatários. Essas diretrizes representam uma mudança em relação a uma instrução anterior de 2016, que excluía seminaristas com “tendências homossexuais profundas”.
Essa decisão é vista como parte dos esforços de abertura do Papa Francisco em relação à comunidade LGBTQIA+, seguindo outras medidas como a permissão para que padres abençoem casais do mesmo sexo. No entanto, a Igreja Católica ainda não reconhece o casamento gay.
As novas orientações foram publicadas discretamente no site da Conferência Episcopal Italiana e destacam que a orientação sexual dos seminaristas deve ser considerada como um aspecto entre vários durante o processo de formação. O Vaticano afirmou que as diretrizes foram aprovadas em novembro e já estão em vigor, com possibilidade de revisão em três anos.
Apesar das polêmicas anteriores envolvendo o Papa Francisco e a comunidade LGBTQIA+, como a fala controversa sobre seminários, sua postura parece ter evoluído, conforme indicam as novas diretrizes. Em uma entrevista recente, o Papa afirmou que a homossexualidade não é crime, mas um pecado, e defendeu o fim das leis que criminalizam essa orientação sexual, destacando a importância da ternura e compreensão nas atitudes das lideranças religiosas em relação à comunidade LGBTQIA+.