A incidência de Acidente Vascular Cerebral (AVC) está aumentando em pessoas jovens, de acordo com estudo publicado pela revista científica The Lancet Neurology, que aponta um aumento de 14,8% nos casos em indivíduos com menos de 70 anos em todo o mundo. No Brasil, aproximadamente 18% dos AVCs ocorrem em pessoas com idades entre 18 e 45 anos, conforme informações da Rede Brasil AVC.
Diversos fatores são apontados para esse crescimento, como sedentarismo, hábitos de vida não saudáveis, como alimentação inadequada, que podem levar à obesidade, diabetes e hipertensão, mesmo em pessoas jovens. Aspectos genéticos e hereditários também podem aumentar o risco em jovens, incluindo doenças genéticas e hematológicas.
A Dra. Matilde Sposito, médica fisiatra especialista em bloqueios neuroquímicos para tratamento de sequelas do AVC, destaca a importância de reconhecer os sinais de alerta para identificar um AVC, ressaltando que a rapidez no tratamento é crucial para a recuperação.
Os principais sintomas de um AVC incluem fraqueza ou formigamento em um lado do corpo, confusão, alterações na fala, visão ou equilíbrio, tonturas e dor de cabeça intensa e súbita.
O tratamento do AVC envolve a Fisiatria, especialidade médica focada na reabilitação de pacientes com dificuldades motoras causadas por doenças como o AVC. Diferentes abordagens terapêuticas, como acupuntura, fisioterapia, pilates e cinesioterapia, podem ser utilizadas para promover a recuperação de funções comprometidas e melhorar a qualidade de vida do paciente.
A Fisiatria também pode empregar bloqueios neuroquímicos com toxina botulínica para tratar sequelas do AVC e outras condições que afetam os movimentos. O apoio emocional e social desempenha um papel fundamental na reabilitação, visando prevenir quadros de depressão e ansiedade.
Os AVCs são classificados como hemorrágicos ou isquêmicos, sendo este último mais comum, representando cerca de 85% dos casos. O AVC isquêmico ocorre devido ao bloqueio das artérias cerebrais, enquanto o AVC hemorrágico resulta do rompimento dos vasos sanguíneos, podendo ser mais grave e apresentar altas taxas de mortalidade.