O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, afirmou que não entraria em negociações com os Estados Unidos enquanto estivesse sendo ameaçado. Em uma resposta direta a Donald Trump, Pezeshkian declarou que os EUA não têm autoridade para dar ordens ou fazer ameaças, e que o Irã não negociaria nessas condições. Essa postura foi manifestada em meio a alegações de uma carta enviada por Trump instando o Irã a negociar um novo acordo nuclear.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, endossou essa posição, destacando que Teerã não seria pressionado a negociar. Enquanto Trump expressou disposição para um acordo, ele continuou com a política de “máxima pressão” sobre o Irã, buscando isolar o país economicamente.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) alertou que o Irã está acelerando seu programa de enriquecimento de urânio, aproximando-se de níveis que poderiam ser usados em armas nucleares. O diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, enfatizou que o Irã está ultrapassando limites e se aproximando da capacidade de fabricar uma bomba atômica.
As tensões entre Irã e EUA têm se intensificado desde 2019, quando Trump abandonou o acordo nuclear de 2015 e impôs sanções que afetaram a economia iraniana. Apesar de o Irã negar a intenção de desenvolver armas nucleares, suas ações recentes têm gerado preocupações internacionais.