Segunda-feira, Março 17, 2025
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Vítima de disparo passa bem e policial está em liberdade

Um homem, de 43 anos, atingido acidentalmente por um disparo de arma de fogo durante uma confraternização em Araçatuba, na noite de sexta-feira (14), está estável e recebendo assistência médica. O autor do tiro, um policial militar de 47 anos, foi preso em flagrante, mas colocado em liberdade após audiência de custódia. O caso ocorreu em um clube no Jardim Iporã, após um campeonato de jiu-jítsu, e envolveu um revólver calibre .38.  

Como foi

Segundo a Polícia Militar, o policial manipulava a arma em público quando o disparo acidental ocorreu. A bala atingiu o braço esquerdo da vítima, que registrava uma foto do evento. Testemunhas relataram que o agente, imediatamente após o ocorrido, socorreu o homem e pediu desculpas, alegando que não houve intenção no ato. A vítima foi encaminhada a um hospital particular, onde passou por procedimentos médicos e recebeu alta após estabilização do quadro.  

Tentou esconder

De acordo com a PM, colegas do policial perceberam que ele tentou esconder a arma no hospital enquanto acompanhava a vítima. O revólver, municiado com oito cartuchos (sendo um deflagrado), foi apreendido e encaminhado para perícia. Apesar de a vítima não ter manifestado interesse em representar legalmente contra o agente, a prisão em flagrante foi realizada com base no artigo 132 do Código Penal (expor alguém a perigo direto e iminente).  

Liberado

Durante a audiência de custódia, realizada neste sábado (15), o policial teve a liberdade provisória concedida pela Justiça. A decisão considerou a ausência de antecedentes criminais e a colaboração do agente após o incidente. Ele responderá ao processo em liberdade, mas terá restrições determinadas pela Justiça, como a proibição de contato com a vítima e a suspensão do porte de arma.  

 Diz a PM

Em nota, a Polícia Militar informou que o caso será apurado internamente pela Corregedoria, que avaliará possível negligência no manuseio da arma. Já a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo destacou que “todo procedimento está sendo acompanhado com rigor, visando à apuração dos fatos e à responsabilização conforme a lei”.  

O homem ferido, cuja identidade não foi divulgada, segue em acompanhamento médico ambulatorial. Em declaração à polícia, ele reiterou que não pretende mover ação judicial contra o policial, mas ressaltou a importância de “mais cuidado no manejo de armas em ambientes públicos”.  

Diz a lei

Especialistas lembram que, mesmo em casos de disparo acidental, a Justiça pode considerar crimes como homicídio culposo (sem intenção) ou exposição a perigo, dependendo das circunstâncias. A perícia na arma e os depoimentos das testemunhas serão cruciais para definir os rumos do processo.  

Enquanto isso, o episódio reacende o debate sobre a portabilidade de armas por agentes de segurança em eventos sociais e a necessidade de protocolos mais rígidos para evitar acidentes.

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