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Greve dos ferroviários em SP é cancelada; CPTM opera normalmente

As operações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) seguem normalmente após os ferroviários de São Paulo cancelarem a greve prevista para começar à meia-noite desta quarta-feira (26). As linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, que seriam afetadas, funcionam sem interrupções, assim como todas as do metrô.

Na noite anterior, uma assembleia realizada na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil (STEFZCB), no Brás, registrou 23 votos contra a greve e 20 a favor, além de quatro abstenções. O principal motivo da paralisação seria a concessão das três linhas à iniciativa privada.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) pretende realizar um leilão na B3 nesta sexta-feira (28) como parte de seu programa de privatizações. O objetivo é equiparar a qualidade dos serviços da CPTM ao padrão do metrô. No entanto, ele enfrenta resistência de sindicatos, da oposição e dos desafios impostos por privatizações anteriores.

Durante a assembleia, os ferroviários aceitaram a “cláusula de paz” proposta pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), que suspende qualquer greve até a data do leilão. Em troca, poderão realizar assembleias nas estações para alertar a população sobre o impacto da concessão nos postos de trabalho. O sindicato sugeriu que os funcionários usem preto como forma simbólica de protesto, medida aceita pela CPTM.

A reunião foi marcada por momentos tensos, com protestos contra o governador e as privatizações. O evento atraiu centenas de apoiadores, inclusive de outros estados. Discussões acaloradas entre líderes dos ferroviários e metroviários sobre a presença de manifestantes na votação acirraram ainda mais o ambiente.

Um grupo favorável à greve pretende contestar a validade da assembleia, alegando que não foi atingido o quórum mínimo de 2% dos sindicalizados. Caso consigam 300 assinaturas, planejam convocar uma nova votação na quinta-feira (27), visando iniciar a paralisação na madrugada de sexta-feira.

Antes da assembleia, os ferroviários participaram de uma audiência no TRT-2 para discutir uma cláusula temporária proposta pelo desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto. A medida, aprovada, determina que os trabalhadores compareçam normalmente ao serviço entre 0h de quarta e 23h59 de sexta-feira.

A CPTM garantiu que acionará o Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese) e remanejará funcionários administrativos para reforçar as operações. Além disso, as linhas 7-Rubi e 10-Turquesa darão suporte no transporte dos passageiros.

Por fim, o desembargador ressaltou que a greve é um direito constitucional dos trabalhadores, desde que exercido dentro da legalidade.

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