Durante a Assembleia-Geral da ONU, os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, optaram por não abordar a crise política na Venezuela em seus discursos, segundo a agência de notícias Folha de S.Paulo. Ambos são importantes figuras nas negociações regionais para encontrar uma solução diplomática para a crise venezuelana.
Lula focou seu discurso na guerra entre Israel e Hamas e na crise climática, sem mencionar a situação na Venezuela. Já Petro fez uma breve menção ao país vizinho, concentrando suas críticas nos países ricos e defendendo Caracas.
Não houve menção às ações de Nicolás Maduro contra a oposição após as eleições presidenciais de julho, onde seus adversários questionaram a vitória sem a apresentação das atas eleitorais. Tanto Petro quanto Lula têm evitado críticas mais duras a Maduro para não prejudicar as negociações com o governo venezuelano.
A Venezuela enfrenta sanções, principalmente no setor petrolífero, impostas durante o governo de Donald Trump e retomadas por Joe Biden devido à nova crise política no país. O resultado das eleições de julho é contestado, com a oposição divulgando atas que indicam a vitória de Edmundo González, que está exilado na Espanha.
A Colômbia é o principal destino da diáspora venezuelana, com mais de 2,8 milhões de migrantes e refugiados, seguida pelo Peru e Brasil. Petro alertou sobre as queimadas na Amazônia, enfatizando a gravidade da situação e a necessidade de ações para evitar danos irreversíveis.
Além disso, Petro criticou o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, chamando-o de criminoso e defendendo a humanidade como o verdadeiro povo de Deus, destacando as crianças de Gaza como vítimas no conflito.