Aliados do deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) esperam um maior apoio do governo Lula e do PT na disputa pela presidência da Câmara
Os aliados de Hugo Motta aguardam um gesto mais forte de apoio do governo Lula e do PT em relação à candidatura do deputado na corrida pela sucessão de Arthur Lira na presidência da Câmara dos Deputados.
Durante um almoço com Lula na semana passada, Lira expressou o desejo de que o petista declare apoio ou atue para favorecer Motta na disputa. Apesar de membros do Executivo e do partido terem auxiliado na articulação para a candidatura de Motta, os aliados do parlamentar têm recebido com desconfiança as sinalizações vindas dos representantes do PT e do governo nas últimas semanas.
O líder do PT, Odair Cunha (MG), divulgou uma nota afirmando que o presidente da Câmara informou que apoiará Motta após uma reunião entre Lira, Motta e líderes de sete partidos. No entanto, a nota foi retirada pouco tempo depois. Lula também declarou que nem ele nem o PT estão comprometidos com nenhuma candidatura no momento.
A proximidade de Motta com o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e com o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha é vista como um obstáculo para conquistar o apoio da esquerda. Os aliados afirmam que é necessário um posicionamento mais claro do Executivo e do PT em apoio a Motta, especialmente diante da presença de outros candidatos que também buscam apoio do governo.
Além de Motta, outros concorrentes na disputa são Elmar Nascimento (União Brasil) e Antonio Brito (PSD), que têm indicado a possibilidade de formar uma aliança para rivalizar com o candidato do Republicanos. Um apoio do Executivo a Motta poderia envolver mudanças na composição da Esplanada dos Ministérios. Nos bastidores, especula-se sobre possíveis alianças e acordos para as eleições na Câmara e no Senado.
Embora Motta seja considerado o favorito na corrida, seus aliados não descartam a chance de surgir um novo concorrente no cenário político. A campanha do deputado continua em andamento aguardando um posicionamento mais definido do Executivo e do PT, enquanto outros candidatos também buscam apoio para a presidência da Câmara.
