Israel rejeita proposta de cessar-fogo com Hezbollah e intensifica ataques
Israel rejeitou nesta quinta-feira (26) a proposta de cessar-fogo de 21 dias feita pelos Estados Unidos e aliados, optando por intensificar os ataques contra o grupo Hezbollah. O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu viajou para Nova York para discursar na Assembleia-Geral da ONU, buscando aliviar a pressão política em seu país.
Os ataques aéreos de Israel contra alvos do Hezbollah no Líbano têm se intensificado, resultando na morte de mais um comandante do grupo. Com isso, chegam a 18 de 19 líderes principais do Hezbollah mortos na atual guerra na região.
Netanyahu decidiu priorizar o retorno das mais de 60 mil pessoas desalojadas devido aos conflitos com o Hezbollah e anunciou a preparação para uma possível invasão terrestre do sul do Líbano. A situação é tensa, com mais de 600 mortos e 500 mil desalojados até o momento.
Apesar da rejeição do cessar-fogo, observadores apontam que a proposta ainda está em discussão, com possíveis contrapartidas envolvendo a Cisjordânia e Gaza. A diretora do principal centro de pesquisa israelense na fronteira norte, Sarit Zehavi, defendeu a pressão contínua contra o Hezbollah.
A decisão de Israel de rejeitar a trégua foi vista como uma estratégia política de Netanyahu, que enfrenta críticas internas, mas também enfrenta a maior intensidade de ataques contra o Hezbollah desde 2006. Os Estados Unidos confirmaram um pacote de ajuda militar de US$ 8,7 bilhões para Israel, apesar do risco de uma guerra ampla na região.
Enquanto isso, as chancelarias do Irã e do Iraque anunciaram esforços conjuntos pela paz, em meio à escalada de conflitos na região do Oriente Médio.
