Nas eleições legislativas do último domingo, o Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ) surpreendeu ao conquistar 28,8% dos votos, tornando-se o primeiro partido de extrema-direita a liderar uma eleição nacional na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Sob a liderança de Herbert Kickl, o partido obteve um aumento de quase 13 pontos percentuais em relação às eleições de 2019.
A vitória do FPÖ gerou manifestações próximas ao parlamento austríaco, com manifestantes exibindo cartazes críticos ao partido. Embora tenha comemorado o resultado como um marco histórico, Kickl enfrenta desafios para negociar com outros partidos devido à sua posição política radical. Ele, no entanto, se mostrou aberto a formar uma coligação com outras forças políticas.
O presidente da Áustria, Alexander van der Bellen, enfatizou a importância de respeitar os princípios da democracia liberal, como a independência da mídia e a proteção dos direitos das minorias, para qualquer governo futuro. Van der Bellen também destacou a necessidade de uma maioria absoluta no parlamento, o que requer o apoio de outros partidos.
As eleições representaram um retorno significativo da extrema-direita no cenário político austríaco, porém a governabilidade continua dependendo de alianças e negociações com outras forças políticas.
