Uma ala do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está considerando adiar o anúncio do pacote de cortes de gastos para a próxima semana, visando evitar que as medidas sejam ofuscadas pela reação às eleições presidenciais dos EUA e à decisão do Copom sobre a taxa de juros.
Enquanto isso, ministros de áreas sociais estão defendendo a manutenção das políticas públicas de suas pastas, como no caso do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, que se opôs à desvinculação de benefícios do salário mínimo. Também estão em discussão possíveis ajustes no cadastro do Bolsa Família e no Benefício de Prestação Continuada (BPC), com o objetivo de garantir critérios mais rigorosos para concessão dos benefícios.
Apesar das resistências, alguns técnicos do Ministério da Fazenda estão otimistas com a inclusão de saúde e educação nas regras fiscais, de forma transitória. O presidente Lula está aberto a ouvir diferentes pontos de vista, o que representa uma mudança em relação ao passado.
Além disso, a possibilidade de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) transitória também está sendo discutida, com líderes do Congresso aparentemente apoiando a ideia. Espera-se que o texto seja apresentado aos parlamentares antes de ser divulgado publicamente.