Na segunda-feira, a Justiça de Pernambuco decretou a prisão do cantor Gusttavo Lima em meio a uma investigação sobre apostas ilegais. No mesmo dia, a Prefeitura de Petrolândia (PE) contratou um show do artista por R$ 1,1 milhão para ser realizado em 2 de outubro, como parte das festividades do Padroeiro da cidade. A contratação foi feita pela Secretaria de Cultura, Esportes e Lazer sem licitação e foi ratificada pelo prefeito Fabiano Jaques Marques.
Gusttavo Lima está sob suspeita de auxiliar duas pessoas investigadas a deixarem o país no contexto da Operação Integration, que também envolve a influenciadora Deolane Bezerra. A prisão do cantor ocorre em meio a controvérsias relacionadas aos cachês elevados pagos a artistas sertanejos por prefeituras de cidades menores.
Essa prática tem sido criticada devido ao uso desproporcional de recursos públicos para financiar eventos gratuitos para a população. O aumento dos cachês dos cantores sertanejos no Brasil está associado à popularidade do gênero nas rádios e plataformas de streaming, à relevância dos shows na produção artística e ao impacto econômico do estilo musical, que tem grande apelo nos interiores do país.