Análise do mercado financeiro indica maior expectativa de que o governo alcance a meta de reduzir o déficit fiscal para 0,25% do PIB neste ano, impulsionado pelo aumento da arrecadação decorrente da melhora na atividade econômica. O Santander estima que há mais de 50% de chance de cumprimento da meta, sendo necessário um esforço fiscal de cerca de 0,2% do PIB para atingir o objetivo.
A Instituição Fiscal Independente (IFI) calcula que será necessário um superávit superior a R$ 42 bilhões no último trimestre do ano para que o governo termine 2024 com um déficit de R$ 28,8 bilhões, dentro do limite estabelecido pela regra fiscal. A antecipação de despesas no primeiro semestre e fatores políticos também estão contribuindo para essa possível conquista.
Para o próximo ano, o desafio será lidar com o aumento das despesas obrigatórias dentro do arcabouço fiscal, que permite um crescimento máximo de 2,5% acima da inflação. A diretora da IFI acredita que o limite inferior da meta será alcançado em 2024, apesar dos desafios presentes.
Apesar das incertezas sobre a consistência dos resultados fiscais, o mercado mantém a preocupação com o risco fiscal, considerando a exclusão de certos recursos do cálculo da meta, mas não da dívida pública. Esta última encontra-se em trajetória crescente, podendo atingir níveis preocupantes nos próximos anos.
Apesar dos desafios, o mercado financeiro demonstra otimismo em relação à possibilidade de o governo atingir suas metas fiscais, o que pode trazer mais estabilidade e confiança para a economia brasileira.