Segunda-feira, Novembro 25, 2024
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Caixa diminui oferta de crédito para financiamento de imóveis de até R$ 1,5 mi devido à escassez de recursos

A Caixa Econômica Federal anunciou uma redução no valor máximo de crédito para a compra de imóveis pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que abrange propriedades de até R$ 1,5 milhão. A partir de 1º de novembro, a cota máxima de financiamento será de até 70% do valor do imóvel, em vez dos atuais 80%. No caso do sistema de amortização pela tabela Price, em que as prestações são iguais e compostas por mais juros, o limite diminuirá de 70% para 50% do valor total do imóvel. Isso implica que, por exemplo, para um apartamento de R$ 1 milhão, a entrada necessária aumentará de R$ 200 mil para R$ 300 mil no SAC e para R$ 500 mil na tabela Price.

Essa medida afetará financiamentos para imóveis residenciais (novos e usados), comerciais, empréstimos para construção e compra de lotes urbanizados. Além disso, uma nova regra estabelecida é que os clientes poderão ter apenas um financiamento imobiliário ativo com o banco. Propriedades já adquiridas não serão afetadas pelas mudanças nas regras de financiamento. A alteração nas cotas de financiamento e a limitação no valor do imóvel a R$ 1,5 milhão não se aplicam às unidades habitacionais vinculadas a empreendimentos financiados pela instituição.

Essas medidas foram adotadas pela Caixa devido ao crescimento de sua carteira de crédito habitacional, que ultrapassou os R$ 800 bilhões, com mais de 7 milhões de contratos ativos. A instituição prevê que a demanda por crédito habitacional irá exceder o limite máximo projetado para o período. Estas mudanças na Caixa podem influenciar bancos privados a também reduzir seus percentuais de financiamento.

A escassez de recursos para a concessão de financiamento imobiliário tem sido uma preocupação, e a Caixa tem buscado alternativas para suprir essa demanda, como a captação de recursos por meio de letras de crédito e emissão de títulos no mercado. A instituição tem alertado para a possibilidade de falta de recursos a partir de 2025 devido à alta demanda por imóveis e ao alto volume de saques da caderneta de poupança, que são a fonte de recursos para o crédito habitacional.

Essas medidas de restrição de oferta de crédito imobiliário estão sendo adotadas também por outros agentes do mercado, e há expectativa de que os juros para financiamento da casa própria possam aumentar em breve. Essa mudança está mais relacionada à oferta e demanda por crédito do que à taxa Selic, pois, com menos dinheiro disponível para emprestar, a oferta é reduzida, o que tende a aumentar o custo do dinheiro, ou seja, a taxa de juros.

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