De acordo com o relatório final da Polícia Federal, o delegado Alexandre Ramagem teria sugerido ao então presidente Jair Bolsonaro a interferência na autonomia dos delegados federais como forma de controlar as investigações em curso contra ele desde 2020. Anotações descobertas indicam que Ramagem propôs que todos os inquéritos em andamento no STF fossem de responsabilidade do diretor-geral da PF. Além disso, o documento menciona críticas de Ramagem à cúpula da PF por não questionar a escolha de delegados pelos ministros do STF. Ramagem se recusou a comentar sobre o assunto. A proposta de centralização de poderes no diretor-geral da PF, que foi adotada novamente em 2021 pela PF sob a liderança de Paulo Maiurino, indicado por Bolsonaro para substituir Rolando de Souza, tinha como objetivo concentrar os inquéritos contra políticos nas mãos do diretor-geral. No entanto, essa proposta foi criticada por investigadores, que a interpretaram como uma tentativa de controle das investigações. A PF defendeu a medida como uma forma de melhor supervisão das investigações.
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