Na madrugada desta quarta-feira, 12 de outubro, a Polícia Militar de São Paulo realizou uma operação que resultou na desativação de uma clínica clandestina operada por uma organização criminosa. A ação, conduzida pelo 19º Batalhão, ocorreu na região de Sapopemba, localizada na Zona Leste da capital paulista.
A instalação estava equipada com prateleiras repletas de medicamentos, materiais cirúrgicos, macas e até uma área que funcionava como recepção. As investigações indicam que este espaço servia para tratar criminosos feridos em confrontos, permitindo que recebessem cuidados médicos sem levantar suspeitas das autoridades.
No momento da abordagem policial, quatro indivíduos foram encontrados no local: um assaltante que havia sido baleado, um biomédico, uma técnica de enfermagem e uma faxineira. Apenas o assaltante foi preso; os demais foram liberados e deverão responder ao processo em liberdade.
Horas antes da operação, dois assaltantes tentaram realizar um roubo a uma farmácia no Brooklin, Zona Sul de São Paulo. Um policial militar aposentado estava presente no estabelecimento e reagiu ao ataque, trocando tiros com os criminosos. Segundo o relato do policial, ele entrou na farmácia e a encontrou vazia até que um dos assaltantes o surpreendeu, ordenando que se dirigisse aos fundos do local. O policial então sacou sua arma e disparou contra o bandido, que conseguiu escapar junto com seu comparsa.
Curiosamente, o assaltante baleado durante a tentativa de roubo era o mesmo que recebia atendimento na clínica clandestina quando a operação da PM foi realizada.
A ocorrência foi registrada no 69º Distrito Policial (Teotônio Vilela), onde a polícia solicitou perícia para investigar mais detalhadamente as atividades ilegais do local.
Essa operação destaca não apenas a atuação da polícia no combate ao crime organizado, mas também as condições alarmantes em que essas clínicas clandestinas operam, colocando em risco a vida de pacientes e profissionais envolvidos.