Um relatório especial do Dieese apontou que as disparidades salariais e de oportunidades no mercado de trabalho ainda persistem para as mulheres. De acordo com o estudo, as mulheres em cargos de diretoria e gerência recebem em média R$ 6.798 por mês, enquanto os homens na mesma posição ganham R$ 10.126, o que resulta em uma diferença de R$ 3.328 mensais, totalizando R$ 40 mil a menos por ano para as mulheres.
Os dados abrangem diversas empresas em todo o Brasil, desde grandes corporações até estabelecimentos menores. A pesquisa, baseada na PNAD Contínua do IBGE, revela que 37% das mulheres que ganham até um salário mínimo, em comparação com 27% dos homens, e o rendimento médio mensal para as mulheres neste grupo é de R$ 2.697, enquanto para os homens é de R$ 3.459.
Além disso, as mulheres têm uma jornada de trabalho remunerada menor que os homens e ainda dedicam mais tempo a afazeres domésticos, o que afeta diretamente seus ganhos. As barreiras estruturais e culturais contribuem para a persistência da desigualdade de gênero, ressaltando a importância de implementar programas de mentoria, políticas de diversidade e canais de denúncia eficazes nas empresas para promover a equidade.
Apesar dos avanços trazidos pela Lei de Igualdade Salarial entre Homens e Mulheres, ainda há um longo caminho a percorrer para garantir salários mais justos. O Dieese enfatiza a necessidade de continuar o debate e aumentar a participação das mulheres em espaços de liderança e negociações para impulsionar mudanças significativas.
