De acordo com o 2° Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios divulgado pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego, as trabalhadoras mulheres estão recebendo 20,7% a menos do que os homens em empresas no Brasil. O estudo, que analisou dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2023, apontou um aumento na diferença salarial em relação ao ano anterior.
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destacou a relevância da igualdade salarial de gênero, enfatizando que, apesar de representarem metade dos domicílios brasileiros, as mulheres continuam recebendo menos que os homens para o mesmo trabalho. Ela ressaltou a necessidade de mudar a mentalidade da sociedade em relação aos papéis de homens e mulheres no mercado de trabalho.
Além disso, o relatório revelou que a discrepância salarial é ainda mais acentuada para as mulheres negras, que recebem metade do salário dos homens não negros. Mulheres em posições de liderança e gerência têm uma remuneração 27% menor do que a dos homens, e aquelas em cargos de nível superior recebem 31,2% a menos.
O estudo também abordou a presença de mulheres em cargos de liderança nas empresas, políticas de remuneração e benefícios oferecidos. A ministra enfatizou a importância de integrar as mulheres no desenvolvimento econômico do país e promover a igualdade de gênero no ambiente de trabalho.
O relatório foi divulgado no Dia Internacional da Igualdade Salarial, estabelecido pela ONU, como parte dos esforços para promover a igualdade de gênero no mundo do trabalho. A representante da ONU Mulheres para o Brasil ressaltou a necessidade de combater a discriminação contra as mulheres e alcançar a igualdade de gênero até 2030.
