O relator designado para o caso da distribuidora Amazonas Energia na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Fernando Mosna, anunciou que não poderá participar das decisões envolvendo negócios da J&F, empresa controlada pelos irmãos Joesley e Wesley Batista. Essa decisão surpreendente acabou paralisando a análise de novas questões relacionadas ao caso, devido ao vencimento da medida provisória 1.232/2024.
Essa situação de impasse é vista como mais um capítulo na disputa pelo mercado de energia no Amazonas entre a J&F e a Termogás, de propriedade de Carlos Suarez. A aprovação da venda da Amazonas Energia pela J&F até o momento é considerada incerta, uma vez que foi concedida de forma condicional.
Com a ausência de Mosna, a agência ficou com número insuficiente de membros para deliberar sobre o caso da Amazonas. A J&F agora terá que decidir entre assinar o contrato sem a aprovação final da Aneel ou desistir do negócio. A empresa já mencionou a possibilidade de desistência caso a diretoria da Aneel não aprove a venda nos termos propostos.
Essa situação também pode ter impacto em outras decisões da Aneel relacionadas ao grupo dos irmãos Batista. Diversos processos em andamento envolvem discussões sobre pagamentos a termelétricas e pendências relacionadas a leilões emergenciais para expansão do parque térmico nacional.
A suspeição de Mosna pode influenciar diretamente as decisões futuras da Aneel, criando um cenário mais desafiador para a J&F.