Presidente da Federação Peruana de Futebol é preso por acusação de extorsão e lavagem de dinheiro
A polícia peruana deu mais um passo no combate à corrupção no futebol do país ao prender preventivamente Agustín Lozano, presidente da Federação Peruana de Futebol (FPF), em Lima. Ele é acusado de extorsão a clubes locais para obter direitos televisivos em um esquema de lavagem de dinheiro.
Lozano ficará detido por 15 dias, sendo o segundo dirigente do futebol peruano preso desde 2018. Seu antecessor foi investigado por envolvimento em dois assassinatos, mas foi posteriormente absolvido.
O presidente da FPF foi detido em sua residência e conduzido algemado até uma viatura da polícia. Ele pediu à população que não o julgue, alegando se tratar de um mal-entendido que espera esclarecer em breve.
Além de Lozano, outros seis indivíduos tiveram mandados de prisão cumpridos, todos ligados aos casos de extorsão e lavagem de dinheiro envolvendo clubes de futebol.
As acusações contra Lozano incluem tentativas de obter os lucrativos direitos de transmissão dos times da primeira divisão do Peru, com ameaças de rebaixamento em caso de falta de cooperação. Há também investigações sobre gastos ilegais de fundos da federação para transportar pessoas não relacionadas à organização para um jogo da Copa do Mundo de 2022.
A investigação sobre Lozano durava mais de um ano, e a ordem de prisão foi emitida devido ao risco de fuga e obstrução da investigação.
Este não é o primeiro problema judicial de Lozano, que em 2023 teve sua detenção requisitada por desvio de fundos durante seu mandato como presidente da câmara da cidade de Chongoyape, no norte do Peru.