Sexta-feira, Setembro 20, 2024
spot_imgspot_img
InícioEconomiaDólar cai bruscamente e se aproxima de R$ 5,50 com foco em...

Dólar cai bruscamente e se aproxima de R$ 5,50 com foco em decisões do Fed e Copom

O dólar teve uma queda significativa e se aproximou do valor de R$ 5,50 no fechamento desta segunda-feira, 16. O enfraquecimento global da moeda norte-americana e a valorização do petróleo foram fatores que contribuíram para essa redução. O real teve um desempenho positivo em relação a outras moedas, sendo a mais beneficiada em um dia de maior apetite ao risco.

A possibilidade de um corte de 50 pontos-base na taxa básica de juros dos EUA pelo Federal Reserve (Fed) na quarta-feira, 18, influenciou os negócios, juntamente com a expectativa de um aumento da taxa Selic pelo Copom no mesmo dia. Essa conjuntura poderia aumentar o diferencial de juros entre os dois países, tornando as operações de carry trade mais atrativas.

Durante o dia, o dólar operou em queda, sendo cotado a R$ 5,5106, o que representou uma redução de 1,02% em relação ao real. Esta foi a quarta queda consecutiva da moeda, acumulando uma desvalorização de 2,21% no mês. A expectativa em torno dos cortes de juros nos EUA e no Brasil foi um dos principais fatores que influenciaram o comportamento do dólar.

Analistas alertam que o dólar pode retomar a tendência de alta caso o Fed não realize o corte de juros esperado. No entanto, em um cenário de corte agressivo nos EUA e aumento significativo na Selic brasileira, o dólar poderia cair para abaixo de R$ 5,40.

O Bradesco revisou suas projeções e agora prevê uma taxa de câmbio de R$ 5,40 no final deste ano e de R$ 5,10 em 2025. A instituição também ajustou a previsão da Selic para 11,25% no fim de 2024, com uma redução ao longo de 2025. A expectativa é que o diferencial de juros entre os dois países contribua para valorizar a taxa de câmbio.

No cenário interno, há preocupações em relação ao quadro fiscal, especialmente após a autorização para o governo utilizar crédito extraordinário no combate às queimadas. Especialistas ressaltam a importância de compensar esses gastos excepcionais com cortes em outras áreas, a fim de evitar desequilíbrios fiscais.

Relacionadas
- Advertisment -spot_img

Leia Mais