Uma pesquisa recente da AP/Norc revelou que o gênero é percebido como um fator de influência na corrida presidencial nos Estados Unidos, principalmente em relação à candidata democrata Kamala Harris. Cerca de 40% dos eleitores acreditam que o fato de Kamala ser mulher pode prejudicá-la, enquanto aproximadamente 30% acreditam que isso pode beneficiá-la e 25% não consideram o gênero relevante.
Em comparação com a eleição de 2016, quando Hillary Clinton concorreu, os números eram mais otimistas. Naquela época, 37% dos eleitores viam o gênero de Hillary como uma vantagem, enquanto 29% consideravam uma desvantagem.
A pesquisa também destacou que uma parcela significativa dos eleitores acredita que o gênero pode influenciar a percepção do candidato republicano, Donald Trump. Em 2020, 41% dos eleitores acreditam que o gênero de Trump pode beneficiá-lo na eleição, em comparação com 28% em 2016.
Os dados mostram que eleitores democratas tendem a ver o gênero como uma ameaça para Kamala e uma vantagem para Trump, enquanto os republicanos geralmente têm a visão oposta.
A pesquisa foi realizada com 2.028 adultos dos Estados Unidos de 12 a 16 de setembro e apontou que a percepção sobre a existência de discriminação de gênero nos EUA diminuiu em relação a 2016, embora ainda seja significativa. Mulheres são mais propensas do que homens a acreditar na presença de discriminação de gênero.
Com menos de 50 dias para as eleições americanas e após o primeiro debate entre os candidatos, ambas as campanhas estão focadas em conquistar a parte indecisa do eleitorado e buscar uma vantagem numérica. A margem de erro da pesquisa é de 3,1 pontos percentuais.