O empresário Gleison Luís Menegildo, dono da Global Recuperadora de Caminhões em São José do Rio Preto, e o caseiro Cleber Danilo Partezani foram presos em flagrante após confessarem ter escondido o corpo de Giovana Pereira Caetano de Almeida, uma adolescente de 16 anos. O corpo de Giovana foi encontrado enterrado em um sítio de propriedade de Gleison em Nova Granada, interior de São Paulo. Ambos os suspeitos foram liberados mediante pagamento de fiança: R$15 mil para o empresário e cinco salários mínimos para o caseiro.
Giovana estava desaparecida desde 21 de dezembro de 2023, quando foi vista pela última vez ao se encontrar com Gleison em sua empresa. Em seu depoimento à Polícia Civil, Gleison admitiu ter conhecido a adolescente através do aplicativo Tinder e revelou ter se encontrado com ela várias vezes antes da tragédia. Ele contou que, em um encontro, a levou a um motel onde tiveram relações sexuais e fez uma transferência via Pix para ela, afirmando que foi em troca de “favores sexuais”.
Segundo Gleison, no dia da morte de Giovana, os dois estavam consumindo drogas em sua empresa quando a jovem passou mal, possivelmente devido a uma overdose de cocaína, e acabou falecendo. Em desespero, ele decidiu enterrar o corpo com a ajuda do caseiro. A mãe de Giovana nega as alegações de Gleison, afirmando que sua filha não fazia uso de drogas e pedindo por justiça, acreditando que o empresário deve ser responsabilizado por assassinato.
A defesa de Gleison aguarda o laudo necroscópico para definir a estratégia jurídica. O caso, inicialmente registrado como morte suspeita, ocultação de cadáver e posse irregular de arma de fogo, será investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher em São José do Rio Preto. A arma calibre 22 encontrada no sítio pertence a Gleison, que alegou tê-la deixado com o caseiro para proteção contra animais selvagens.
Perícias foram solicitadas para o local e exames encaminhados ao IML para determinar as causas exatas da morte de Giovana.