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Empresário que tomou Jeep de ex-funcionária segue preso preventivamente

A Justiça decidiu converter a prisão em flagrante do empresário Rodrigo Morgado, proprietário da Quadri Contabilidade, para uma prisão preventiva após audiência de custódia realizada na tarde de quarta-feira, 30 de abril. Morgado foi detido pela Polícia Federal (PF) na terça-feira, 29, sob a acusação de porte ilegal de arma durante uma operação direcionada ao combate ao tráfico internacional de drogas.

O empresário ganhou notoriedade recentemente ao demitir sua funcionária Larissa Amaral da Silva, de 25 anos, que havia sido contemplada com um Jeep Compass em um sorteio interno da empresa. Após sua demissão, o veículo foi reivindicado por Morgado, o que gerou controvérsia.

A operação policial envolveu mandados de busca e apreensão em localidades como Santos, Bertioga e São Paulo. Durante as investigações, a PF encontrou armamento dentro de um dos dois veículos luxuosos que estavam sob a posse do CEO.

Rodrigo Morgado é pai de dois filhos e fundou a Quadri Contabilidade em Santos, no litoral paulista. Em sua página no LinkedIn, ele se descreve como contador especializado em mercados digitais e offshore, apresentando-se como um visionário com mais de uma década de experiência no setor contábil.

Formado em ciências contábeis pela Universidade São Judas Tadeu, Morgado também possui uma especialização em gestão empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Sua trajetória acadêmica inclui um intercâmbio na EF School em Londres, onde se aprofundou nos temas de negócios e finanças.

No âmbito das investigações conhecidas como Operação Narco Vela, além da suspeita de envolvimento com o tráfico internacional de drogas, o empresário enfrenta acusações adicionais que incluem ameaça, calúnia, injúria e estelionato. Larissa registrou um boletim de ocorrência contra a empresa após alegar que Morgado retirou o Jeep Compass sem sua autorização da casa de uma amiga.

Em resposta às alegações, Morgado defendeu sua decisão de demitir Larissa com base em questões éticas e comportamentais. A ex-funcionária argumenta que foi dispensada após questionar sobre as condições do veículo, que apresentava problemas mecânicos.

A assessoria da Quadri Contabilidade esclareceu à imprensa que o sorteio do carro fazia parte de uma estratégia de marketing interna. O ganhador deveria utilizar o veículo por um ano e cumprir determinadas metas trimestrais.

Larissa acabou optando por sublocar o carro para outra funcionária devido à dificuldade em arcar com os custos do IPVA. Essa prática violava as condições do contrato, que estipulava que o veículo seria transferido para seu nome somente após um ano. O CEO alegou que a demissão ocorreu após a ex-funcionária criticar publicamente o plano previamente acordado.

Rodrigo Morgado divulgou uma nota nas redes sociais explicando que o contrato estipulava claramente a transferência do veículo apenas após 13 de dezembro de 2025, condicionada ao cumprimento das metas estabelecidas durante o período.

Por outro lado, Larissa destacou em suas postagens que recebeu o carro como prêmio e apontou problemas mecânicos significativos no veículo. A assessoria da Quadri afirmou que o carro passou por uma inspeção antes do sorteio e que foi oferecida à funcionária a possibilidade de devolver o veículo imediatamente ao relatar os defeitos. Segundo a empresa, Larissa optou por realizar os reparos por conta própria e posteriormente começou a exigir que a empresa arcare com os custos.

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