A escassez de mão de obra qualificada no Brasil é um desafio para vários setores, levando as empresas a buscar alternativas para manter e aumentar a produção. Em setembro, dados do Caged mostraram a abertura de 247.818 vagas formais, com saldo positivo em todos os estados, sendo o setor de serviços o mais ativo na geração de oportunidades.
No entanto, a construção civil é um dos setores mais afetados pela falta de trabalhadores qualificados. Uma pesquisa do FGV Ibre revelou que 29,4% dos empresários dessa área apontaram a escassez de mão de obra qualificada como um obstáculo para o crescimento dos negócios, o maior índice desde 2014.
Para contornar essa dificuldade, as empresas do setor estão adotando medidas como aumento de salários, investimento em treinamento e implementação de rodízio de equipes. Além disso, buscam reter e atrair profissionais qualificados por meio de programas de desenvolvimento contínuo e ações concretas.
Outros setores, como o de calçados, também enfrentam desafios similares devido à falta de mão de obra qualificada. A indústria está competindo por profissionais com habilidades tecnológicas em um mercado aquecido, o que tem levado as empresas a investir em programas de aprendizagem industrial e se aproximar da mão de obra mais jovem.
Apesar das dificuldades, o mercado de trabalho em alta reflete os investimentos realizados, mas a perspectiva de aperto nas regras de crédito imobiliário e aumento dos juros pode impactar o setor da construção no futuro. Assim, é crucial buscar soluções para capacitar e reter profissionais qualificados diante desse cenário desafiador.