A falta de energia elétrica na Grande São Paulo continua afetando milhares de consumidores após a tempestade ocorrida em 11 de outubro. Segundo a Enel, ainda há 3,7 mil imóveis sem luz, o que representa 0,5% dos clientes da concessionária. A maior incidência de falta de energia está na capital, com 1.559 residências afetadas, seguida por Osasco, Juquitiba e Embu.
Durante a tempestade, 2,1 milhões de pessoas ficaram sem energia devido aos fortes ventos que atingiram 107 km/h, ocasionando a queda de árvores, afetando 17 linhas de alta tensão e danificando 11 subestações. Esse foi o segundo grande apagão na região em menos de um ano.
A Enel está trabalhando para restabelecer a energia gradualmente, com apoio de helicópteros para inspeção das linhas danificadas e reforço de equipes de outros estados e países. Apesar das ações anunciadas, muitos consumidores têm criticado a demora na recuperação do serviço e a falta de informações nos canais de atendimento.
Diante das críticas, a Senacon abriu um processo administrativo para investigar a atuação da Enel durante a crise energética, com o objetivo de verificar se a concessionária adotou medidas adequadas para informar e atender os clientes afetados. A Enel colaborou com a investigação, atribuindo a crise à gravidade do fenômeno climático, enquanto a Senacon defende a responsabilização da concessionária por falhas de planejamento.