A atriz belga Emilie Dequenne faleceu aos 43 anos após uma luta contra um câncer raro. Em 2023, ela foi diagnosticada com carcinoma do córtex da glândula suprarrenal, um tipo de câncer raro que afeta as glândulas localizadas acima dos rins, responsáveis pela produção de hormônios essenciais para o controle do metabolismo. Embora tenha anunciado, no início de 2024, que a doença estava em remissão, no final do ano, ela sofreu uma recaída.
O carcinoma adrenocortical, como é oficialmente conhecido, é uma condição rara. De acordo com a Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, a incidência anual desse câncer é de 0,7 a 2 casos por milhão de pessoas, representando apenas 0,02% de todos os casos de câncer. A doença pode ser difícil de detectar no início, pois os sintomas, quando aparecem, são frequentemente inespecíficos.
As glândulas suprarrenais, que ficam localizadas acima dos rins, desempenham um papel crucial no corpo, produzindo hormônios que ajudam a regular o metabolismo, a pressão arterial e o sistema imunológico. Quando essas glândulas desenvolvem tumores, pode haver uma variedade de sintomas, que vão desde dor abdominal, excesso de pelos no rosto e corpo (especialmente em mulheres), aumento das mamas em homens, até pressão alta e níveis elevados de açúcar no sangue.
Além disso, o carcinoma adrenocortical é um tumor que tende a crescer rapidamente e pode se espalhar para outras partes do corpo. As causas exatas do câncer ainda não são totalmente compreendidas, mas ele pode estar relacionado a mutações genéticas, podendo ser uma condição hereditária.
A perda de Emilie Dequenne, que foi um ícone do cinema belga, representa uma triste notícia, especialmente após a atriz ter dado esperanças de superação ao anunciar que estava em remissão, apenas para, no final de 2024, sofrer uma recaída da doença. A luta de Emilie contra o câncer e sua morte precoce sensibilizam e alertam sobre a importância de se conhecer mais sobre essas doenças raras e suas complicações.
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