Investigação revela esquema de abusos sexuais e aliciamento de menores envolvendo autoridades da Igreja Católica
Um minucioso relatório de investigação elaborado pelo consultor ambiental Carlos César Caixeta Nunes expôs um esquema de abusos sexuais e aliciamento de menores por autoridades da Igreja Católica. O caso envolve dois bispos diocesanos e padres da Diocese de Jaboticabal, incluindo Dom Eduardo Pinheiro e Dom Fernando Brochini. Segundo a investigação, garotos eram aliciados para prostituição em troca de presentes, terrenos e até carros.
Um dos pontos cruciais da investigação foi o depoimento de um rapaz que relatou ter sido abusado por um padre durante a confissão. Apesar dos relatos de vítimas e testemunhas, tanto a Polícia Civil quanto o Ministério Público decidiram encerrar as investigações alegando falta de provas.
Destaca-se o caso de um adolescente de 15 anos que afirmou ter sido assediado e abusado pelo bispo diocesano de Jaboticabal, Dom Eduardo Pinheiro, durante uma cerimônia de crisma. Apesar dos relatos detalhados, as autoridades optaram por suspender as investigações.
Além disso, a investigação apontou um esquema de aliciamento de menores envolvendo padres e bispos da Diocese de Jaboticabal, com jovens sendo pagos por serviços sexuais prestados às autoridades eclesiásticas. As denúncias foram comunicadas à Nunciatura Apostólica e ao Papa Francisco, no entanto, o caso foi arquivado por falta de elementos suficientes.
Tanto as autoridades eclesiásticas quanto civis envolvidas negaram as acusações e justificaram o arquivamento das investigações. A falta de repercussão e alegações de falta de provas levantaram dúvidas sobre a condução do caso, deixando várias vítimas e testemunhas sem a devida justiça.