Na madrugada de quarta-feira (6), Kamala Harris não conseguiu vencer Donald Trump na corrida presidencial, apesar de seu foco em questões relacionadas aos direitos reprodutivos, especialmente voltadas para as mulheres. Kamala conquistou 53% do voto feminino, enquanto Trump obteve 45%. Entre os eleitores do sexo masculino, 42% apoiaram a democrata e 55% o republicano.
Embora os direitos reprodutivos tenham sido um tema relevante para 14% dos eleitores, predominantemente mulheres, outros assuntos, como a situação da democracia e a economia, tiveram mais peso na decisão dos eleitores. Apesar disso, o direito ao aborto foi um tema influente em diversos estados, independentemente do desfecho da eleição.
Em dez estados – Arizona, Colorado, Dakota do Sul, Flórida, Maryland, Missouri, Montana, Nebraska, Nevada e Nova York – questões relacionadas ao aborto foram incluídas nas cédulas de votação, com sete deles apresentando resultados favoráveis ao direito ao aborto. Em estados como Nova York e Maryland, onde Kamala saiu vitoriosa, os eleitores optaram por constitucionalmente proteger o direito ao aborto.
Mesmo em estados onde Trump ganhou, como Nebraska, Missouri, Montana, Arizona e Nevada, medidas foram aprovadas para assegurar ou fortalecer o direito ao aborto. Por exemplo, no Missouri, o aborto até a viabilidade fetal fora do útero foi garantido, enquanto em Montana e Nevada, os eleitores votaram para garantir constitucionalmente o direito ao aborto.
Por outro lado, estados como Flórida e Dakota do Sul rejeitaram propostas que poderiam ampliar ou proteger mais o direito ao aborto, mantendo políticas mais restritivas. Os resultados refletiram a diversidade de opiniões dos eleitores sobre o tema do aborto.