No segundo dia de greve de fome, Evo Morales acusou o governo boliviano de Luis Arce de rejeitar sua proposta de diálogo para encerrar os protestos que já duram quase um mês. O ex-presidente pediu uma conversa imediata e a criação de duas mesas de diálogo, porém afirmou que o governo preferiu deter mais de 50 manifestantes em resposta.
Os apoiadores de Morales começaram a bloquear rodovias na Bolívia em 14 de outubro, exigindo o fim da perseguição judicial contra ele, que está sendo investigado por suposto abuso de uma menor de idade.
A tensão se intensificou quando partidários de Morales fizeram 200 militares reféns em Cochabamba. Além disso, Morales demanda soluções para a crise econômica e a renúncia de Luis Arce, seu ex-aliado e ministro durante seus mandatos.
Para pressionar o governo, Morales iniciou uma greve de fome, solicitando o fim da repressão e uma trégua nos bloqueios das estradas por seus seguidores. Ele propôs a criação de duas mesas de diálogo, uma para tratar da questão econômica e outra para discutir a situação dos dirigentes detidos durante os protestos.