Após mais de quatro dias de apagão na cidade de São Paulo e parte da região metropolitana, o impacto devastador é sentido no comércio e nos serviços locais. A Fecomércio-SP divulgou que as perdas acumuladas já ultrapassam R$ 1,65 bilhão, sendo R$ 536 milhões no varejo e R$ 1,1 bilhão nos serviços.
A falta de energia afetou cerca de 250 mil endereços na Grande São Paulo desde sexta-feira (11), incluindo comércios, hospitais e residências, após um temporal danificar a infraestrutura elétrica da região. Muitas empresas permanecem fechadas, prejudicando o faturamento e os serviços oferecidos.
A Fecomércio-SP alertou para os efeitos devastadores do apagão, ressaltando que muitas empresas tiveram que recorrer a geradores, acarretando custos extras. O impacto se estende a serviços essenciais como farmácias, restaurantes e mercados, que registraram perdas significativas, e hospitais, que precisaram utilizar geradores para manter seus equipamentos funcionando.
A Enel Distribuição SP admitiu dificuldades em normalizar a situação e anunciou uma força-tarefa para agilizar o processo. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, mobilizou outras concessionárias para apoiar a Enel, enfatizando a necessidade de uma solução rápida para restabelecer a normalidade.
A falta de um prazo definido para o fim do apagão tem gerado frustração entre empresários e moradores. A Fecomércio-SP cobrou mais agilidade na recuperação da rede elétrica e maior transparência por parte da distribuidora. Alguns estabelecimentos têm buscado alternativas, como realizar jantares à luz de velas, enfrentando prejuízos com produtos perecíveis sem refrigeração.
Escolas estaduais também foram afetadas, sendo obrigadas a suspender as aulas. A Secretaria de Educação informou que equipes de manutenção estão trabalhando para retomar as atividades o mais breve possível.