Sexta-feira, Novembro 15, 2024
spot_imgspot_img
InícioMundoGaza em crise: 100 mil palestinos feridos em meio a colapso médico

Gaza em crise: 100 mil palestinos feridos em meio a colapso médico

Bombardeios em Gaza deixaram mais de 100 mil palestinos feridos desde outubro de 2023

Autoridades da Faixa de Gaza anunciaram nesta terça-feira (22) que os bombardeios israelenses já feriram mais de 100 mil palestinos desde o início dos ataques em 7 de outubro de 2023. Esse número trágico ultrapassa a população de cidades paulistas como Ubatuba e São João da Boa Vista.

Com cerca de 43 mil mortos em Gaza, a situação dos feridos é alarmante. A crise humanitária é iminente, já que o território não possui recursos suficientes para tratar os traumas e amputações resultantes dos ataques.

Israel justifica seus ataques como resposta a um atentado do grupo palestino Hamas, que resultou em mortes e sequestros em kibutzim próximos a Gaza. No entanto, a comunidade internacional critica a resposta israelense por considerá-la desproporcional.

Os bombardeios destruíram a infraestrutura médica de Gaza, que já era precária. O Ministério da Saúde do território, controlado pelo Hamas, relatou que 23 dos 38 hospitais deixaram de funcionar e os restantes operam de forma limitada.

Médicos no local enfrentam desafios sem precedentes, com a falta de equipamentos e medicamentos essenciais para tratar os feridos. Muitos casos apresentam múltiplos traumas, dificultando o tratamento adequado.

A OMS reportou que 25% dos ferimentos em Gaza são de longo prazo e exigirão reabilitação. Cerca de 3% dos feridos tiveram membros amputados e 2% apresentaram ferimentos graves na cabeça, pescoço ou coluna vertebral.

A situação médica em Gaza é tão crítica que o cirurgião Ghassan Abu-Sittah, que prestou assistência na região, comparou os ferimentos aos encontrados em conflitos no Líbano. Ele afirmou que as lesões são devastadoras e que muitos pacientes não estão recebendo o tratamento adequado.

Apesar dos esforços médicos, os ataques a hospitais em Gaza continuam, com a ONU acusando Israel de uma política deliberada de atacar a infraestrutura médica. Enquanto Israel acusa o Hamas de usar hospitais para atividades terroristas, os palestinos negam essas alegações.

Relacionadas
- Advertisment -spot_img

Leia Mais