Nesta terça-feira (24), o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que quitou todas as suas dívidas com a Organização das Nações Unidas (ONU). Em uma nota conjunta dos Ministérios do Planejamento e das Relações Exteriores, foi informado que desde o início do ano foram destinados R$ 1,3 bilhão para cumprir os compromissos com organismos internacionais.
Com esses pagamentos, o Brasil agora faz parte de um grupo seleto de países que estão em dia com suas obrigações financeiras na ONU, em um momento em que a organização enfrenta desafios de liquidez, conforme destacado no comunicado oficial.
A quitação das contribuições ao orçamento da ONU, que incluem o orçamento regular, missões de paz e o Mecanismo Residual Internacional para Tribunais Penais (IRMCT), foi assegurada com um montante de R$ 448 milhões. O governo enfatizou que esse esforço demonstra o apoio do país aos mandatos da ONU e ao multilateralismo.
O presidente Lula fez um discurso na abertura da Assembleia-Geral da ONU em Nova York no mesmo dia do anúncio. Durante sua estadia na cidade, ele abordou a importância da reforma da governança global, especialmente dos órgãos da ONU, como o Conselho de Segurança. Lula também fez críticas indiretas a empresas e defendeu a inclusão de representantes da América Latina e da África em assentos permanentes do Conselho de Segurança.
Além de quitar as dívidas com a ONU, o Brasil também honrou seus compromissos com outros organismos internacionais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O presidente brasileiro aproveitou a oportunidade para discursar na abertura da Assembleia-Geral da ONU e na cúpula do G20, ambos realizados em Nova York.