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Greve de motoristas de ônibus em São Paulo: Prefeitura entra na Justiça contra paralisação

A Prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans e da Procuradoria Geral do Município (PGM), entrou com uma ação na Justiça solicitando que na próxima sexta-feira (7) seja mantida 100% da frota de ônibus nos horários de pico e ao menos 80% da frota nos demais horários, sob pena de multa diária.

A greve foi aprovada pelo SMTTRUSP (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo) em assembleia realizada nesta segunda-feira (3).

Segundo o sindicato, o movimento terá duração de 24 horas e atingirá todo o sistema de transporte público por ônibus da cidade na próxima sexta (7).

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), argumentou que transporte coletivo é um serviço essencial e, por isso, está sujeito a uma legislação específica.

“Há uma preocupação muito grande de que o judiciário aceite, pois não se pode deixar a população de São Paulo sem um serviço essencial”, disse o prefeito.

O departamento jurídico do SMTTRUSP informou à CNN que ainda não recebeu nenhuma notificação da Justiça. O departamento afirmou que assim que os sindicalistas forem intimados, irão se manifestar.

A entidade exige um reajuste salarial de 3,69% conforme o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), um aumento real de 5%, além da reposição das perdas salariais acumuladas durante a pandemia, estimadas em 2,46%.

O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região já fez a distribuição do processo, e movimentações são esperadas nos próximos dias.

Ricardo Nunes também disse que a Prefeitura de São Paulo reforçará a presença da Guarda Civil Metropolitana, da Polícia Militar e da Polícia Civil nos terminais e linhas de maior concentração para evitar tumultos e garantir a segurança da população.

A administração municipal espera que sindicato e empresários cheguem a um acordo para evitar a greve.

*Sob supervisão de André Rigue

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