Frontex, a agência da União Europeia encarregada do controle de fronteiras, informou que houve uma queda de 42% no número de apreensões relacionadas à imigração irregular na UE nos primeiros nove meses de 2024. Durante este período, 165.582 detenções foram realizadas, com reduções significativas nas rotas dos Bálcãs e do Mediterrâneo Central, mas um aumento nas rotas pelo leste do continente e pela África Ocidental. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs a criação de “centros de detenção externos” em uma carta aos líderes europeus, que será discutida em um encontro agendado para esta semana.
Enquanto isso, a Alemanha aumentou a vigilância das fronteiras, o que desencadeou uma crise na coalizão governamental e alimentou debates eleitorais. Na Polônia, o primeiro-ministro Donald Tusk suspendeu o direito de asilo, citando a necessidade de proteger as fronteiras diante dos pedidos de refúgio. A Albânia inaugurou um centro de detenção para imigrantes e já recebeu os primeiros detidos vindos do Mediterrâneo. Grupos de direitos humanos têm criticado o acordo firmado entre Itália e Albânia, enquanto a Grécia defende uma abordagem consensual em nível europeu para lidar com a imigração irregular.