Na terça-feira, 26 de abril, um relatório da Polícia Federal apontou o ex-presidente Jair Bolsonaro como líder de um suposto plano de golpe de Estado. O documento, liberado pelo ministro Alexandre Moraes do Supremo Tribunal Federal, gerou debates acalorados entre os congressistas. Deputados de diferentes espectros políticos se pronunciaram sobre o tema durante sessão na Câmara dos Deputados.
Representantes do partido do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, destacaram a gravidade do caso. O deputado Bohn Gass (PT-RS) classificou o episódio como um dos mais sérios da história recente do Brasil, salientando a preocupação com o suposto uso de recursos públicos para financiar o golpe. A deputada Gleisi Hoffman (PT-PR) afirmou que Bolsonaro tinha pleno conhecimento do plano, descrevendo-o como uma trama violenta e criminosa.
Por outro lado, na oposição, alguns parlamentares procuraram minimizar o teor do relatório. O deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM) considerou o documento uma estratégia para desviar a atenção de questões impopulares do governo. Outros deputados, de forma sarcástica, questionaram a credibilidade das informações apresentadas, sugerindo que as conclusões da PF eram exageradas.
Bolsonaro e outras 36 pessoas foram indiciadas por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. O ex-presidente nega as acusações e afirma ter buscado medidas legais para evitar a posse de Lula. O caso está agora sob análise da Procuradoria-Geral da República, que decidirá se apresenta denúncia ou solicita novas investigações.