O Complexo do Ibirapuera, que fica na zona sul de São Paulo, foi oficialmente reconhecido como patrimônio cultural brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Esse tombamento assegura a proteção do local contra qualquer forma de destruição, demolição ou danos, embora permitindo a realização de reformas e atualizações desde que aprovadas pelo instituto. O processo teve início em 2020 e foi concluído com um tombamento de emergência em 2021 para garantir a segurança do complexo.
A decisão de proteger o Complexo do Ibirapuera foi celebrada por atletas e pelo próprio Iphan, apesar da resistência por parte do Governo do Estado de São Paulo. Propostas para transformar o espaço em centros comerciais, arenas multiuso e locais para eventos automobilísticos foram rejeitadas. A relatora do processo ressaltou os valores arquitetônicos, sociais e emocionais do complexo, além de sua importância em eventos esportivos e culturais relevantes.
O tombamento abrange diversas estruturas do complexo, como o Ginásio Poliesportivo Pinheiro, o Conjunto Aquático Caio Pompeu de Toledo, o Estádio Ícaro de Castro Melo e o Ginásio Geraldo José de Almeida. No entanto, o Palácio do Judô, as residências dos atletas e as quadras externas de tênis não foram incluídos devido à falta de relevância arquitetônica significativa. Essa decisão reforça a preservação de um espaço essencial para a história e cultura de São Paulo.