O Exército de Israel reivindicou a autoria de um ataque realizado em Beirute no domingo, que resultou na morte de quatro pessoas, incluindo Mohamed Afif, principal porta-voz do Hezbollah. Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), Afif era responsável por coordenar operações de propaganda e terror psicológico contra Israel.
De acordo com as IDF, Afif mantinha contato direto com altos funcionários do Hezbollah para organizar atividades terroristas contra Israel. O exército israelense também acusou Afif de incitar e glorificar ataques contra o país, além de liderar operações no terreno para promover a campanha de propaganda do grupo.
O Hezbollah confirmou a morte de Afif em um ataque à sede do Partido Socialista Árabe Baath, em Beirute. O ataque deixou 14 feridos, incluindo duas crianças, além dos quatro mortos.
Ismail Baghaei, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, condenou a morte de Afif, classificando o bombardeio israelense como um ato terrorista. O Irã descreveu Afif como a voz da nação libanesa.
Após o ataque contra Afif, Israel lançou outro bombardeio no oeste de Beirute, matando pelo menos duas pessoas e ferindo outras 22. O exército israelense afirmou que esses ataques fazem parte de uma campanha mais ampla para neutralizar o Hezbollah, iniciada em setembro de 2024, com uma ofensiva terrestre em andamento no sul do Líbano desde setembro.
Israel alega que essas operações visam garantir o retorno de moradores do norte de seu território, deslocados devido aos ataques de projéteis lançados pelo Hezbollah. O Hezbollah faz parte do eixo da resistência, uma aliança de milícias e países sob influência do Irã.
A escalada do conflito ocorre no contexto da guerra em Gaza, desencadeada após um ataque do Hamas a Israel em outubro de 2023. Desde então, estima-se que quase 3.500 pessoas tenham morrido, enquanto as tensões se expandem para outras regiões do Oriente Médio.