Jeff Bezos, proprietário do jornal The Washington Post, explicou a decisão de não apoiar candidatos nas eleições presidenciais dos Estados Unidos como uma medida para preservar a imagem do veículo de comunicação. Bezos destacou que os endossos presidenciais poderiam gerar perceções de parcialidade e comprometer a credibilidade da imprensa, em um momento de declínio na confiança do público. O jornal anunciou que retomará a prática de não apoiar candidatos, uma tradição que remonta a 1976.
Bezos enfatizou a importância da credibilidade da mídia e alertou sobre os riscos da desconfiança na imprensa, que pode levar as pessoas a buscar informações em fontes não verificadas, contribuindo assim para a disseminação de desinformação e aprofundamento das divisões sociais. Ele também se defendeu de especulações de que a decisão poderia favorecer o ex-presidente Donald Trump, afirmando que não influenciou a equipe do jornal em benefício próprio.
A decisão do The Washington Post resultou no cancelamento de mais de 200 mil assinaturas digitais e na renúncia de vários colunistas. Críticas à decisão foram feitas por Marty Baron, ex-editor-executivo do jornal, que considerou a falta de apoio a candidatos como uma demonstração de falta de coragem e alertou que poderia ser interpretada como um convite para intimidação por parte de figuras políticas.